Cultura de Peruíba dá espaço a artistas da região
quarta-feira, 2 de outubro de 2013Peruíbe em si já é uma obra de arte. Quem conhece a última cidade da Baixada Santista, no Litoral Sul, já apreciou as belezas naturais da Estação Ecológica Jureia-Itatins, a Serra do Guaraú, fauna e flora bastante diversificadas, além de ser berço de história e cultura. Pois, em Peruíbe foi erguida uma das primeiras unidades de capela-escola do País por volta de 1550.
Toda essa riqueza inspirou artistas da Região que a contemplaram em telas de pintura, esculturas, artesanatos, poemas e livros. Valorizando este vasto acervo, a Prefeitura da Cidade promove uma programação intensa. Entre as realizações estão o Sarau Cultural, Exposição de Telas, Caravana da Leitura e o Salão Primavera.
“A prioridade da prefeita Ana Preto na área de Cultura é valorizar e estimular os artistas locais. Temos que dar ‘voz’ a quem é da Cidade. Claro que outros são importantes e engrandecem os eventos, mas sempre daremos atenção a quem é daqui”, afirmou o diretor de Cultura da Prefeitura de Peruíbe, Rodrigo Silva Pereira, em entrevista ao DL. “Também recebemos artistas de outras cidades da Baixada Santista em nossos eventos, saraus e exposições, gerando essa integração entre os artistas da Região”, complementou.
O Sarau Cultural é realizado na primeira quinzena de cada mês na Biblioteca Municipal de Peruíbe, oferecendo importante diversidade cultural à população. “Em breve aumentaremos os pontos dos saraus pela Cidade”, antecipou Pereira.
Neste mês, o artista plástico Luís Carlos Farias expôs 35 de suas telas e uma escultura das Ruínas do Abarebebê, na Biblioteca Municipal. Morador da Cidade, o artista reúne em seus quadros, os belos ipês da Mata Atlântica, canoas de pescadores da região, morros, pássaros, entre outros. Mas, sua principal contribuição à cultura de Peruíbe são as pinturas da antiga capela da Aldeia de São João, que passou a se chamar Ruínas do Abarabebê, em homenagem ao padre jesuíta Leonardo Nunes, que recebeu o apelido Abarebebê dos índios — que em tradução livre do tupi-guarani significa “Padre Voador”. A exposição encerrou no último dia 19. Luís Carlos também esculpiu uma maquete das ruínas, que foi doada ao Departamento de Cultura.
“Eu me sinto bastante lisonjeado e agradeço ao Departamento de Cultura, na pessoa do Rodrigo, que me convidou para expor meus quadros aqui na Biblioteca Municipal. Dessa forma mostro um pouco do meu trabalho. É uma grande iniciativa da Cultura (Departamento) incentivar os artistas da Cidade, pois ganhamos nós e a população”, afirmou Luís Carlos Farias.
“Desde o início do ano temos trabalhado intensamente para que os artistas locais tenham oportunidade para exporem seus trabalhos, temos sentido uma grande aceitação do público a esses eventos, que enriquecem também o setor turístico do Município. Conforme mencionado anteriormente, jamais podemos esquecer de quem está por aqui. A valorização desses artistas também é uma forma de elevar o nome da Cidade culturalmente e despertar novos interesses”, afirmou Pereira.
Outro projeto de fomento à cultura é a Caravana da Leitura. “Recebemos no dia 11 na Praça Matriz, a Caravana da Leitura. É um projeto itinerante que oferece livros pelo valor simbólico de R$ 2, realizado pelo Grupo Projetos de Leitura em parceira com o Ministério da Cultura, e tem o apoio da Prefeitura de Peruíbe”, explicou o diretor de Cultura.
Com a chegada da estação das flores, será aberta nesta segunda-feira, dia 23, o Salão Primavera, com exposição de artes dos artistas do Grupo Gaia. A mostra segue até o próximo dia 7 de outubro e pode ser visitada das 9 às 16h, na Biblioteca Municipal.
O museu das Ruínas do Abarebebê foi fechado ao público, mas deve ser restaurado pela Administração Municipal. “Mesmo no caminho do desenvolvimento, Peruíbe também conserva sua parte histórica, principalmente com as Ruínas do Abarebebê, um marco do patrimônio cultural brasileiro e da Cidade. Podemos dizer que a história de Peruíbe se confunde com a do Brasil, já que se trata de uma das primeiras capelas-escola, que foi construída por volta de 1550 e usada para conservação dos índios e repouso dos viajantes à época. Por conta de algumas infiltrações no local, o museu esteve fechado por um tempo na gestão passada. A Prefeitura tem elaborado projetos para restauração daquele local que conta da passagem dos jesuítas e índios pela nossa região”, explicou o diretor de Cultura.
As Ruínas do Abarebebê ficam abertas ao público de quarta a sexta-feira, das 10 às 16h, e sábados e domingos, das 11 às 17h. Para agendamento de grupos e escolas, basta entrar em contato com o Departamento de Cultura pelo telefone 3454-1215. A entrada custa R$ 1,00.